Assim
 que as vaias ecoaram Brasil afora, os petralhas foram para as redes 
sociais para dizer que… não tinham ouvido nada; que, em sua cidade, 
reinava o silêncio. Foram adiante: começaram a atacar os que 
protestavam, associando-os a ricos e privilegiados — “coxinhas!”, 
vociferavam. Como a gente sabe, aqueles patriotas que roubavam a 
Petrobras estavam apenas dividindo renda, certo? Aqueles, sim, são 
socialistas de respeito. Que gente chulé! Mas, ora vejam!, perderam a 
batalha mais uma vez.
É, meus 
caros! A Internet já foi um ambiente mais inóspito para não petistas. 
Sei bem o que falo. Lembro o quanto apanhava quando era um dos poucos 
que enfrentavam o que parecia ser uma maioria esmagadora. Sim, eu sei: 
ainda sou alvo frequente de petralhas e fascistoides. Em dezembro de 
2012, o Datafolha publicou uma pesquisa segundo a qual 83% dos 
brasileiros consideravam o governo Lula “ótimo ou bom”; 13% diziam ser 
regular, e só 4% — isto mesmo: QUATRO POR CENTO — o avaliavam como “ruim
 ou péssimo”.
Um desses 
blogueiros sujos, financiado com capilé estatal, escreveu, acreditem!, 
que aqueles 4% deveriam ser “leitores do Reinaldo Azevedo”. Achou pouco:
 sugeriu que a imprensa fosse atrás deles para tentar saber, afinal de 
contas, quem eram. Sim, o homem considerava um exotismo alguém não 
gostar do governo. Seu texto sugeria que eram pessoas de algum modo 
doentes… Para ele, opor-se ao governo é matéria que merece trato 
psiquiátrico e internação.
Eram 
tempos bem mais difíceis. É um pouco mais tranquilo não endossar a 
cartilha do petismo quando há muitos outros milhões que não endossam 
também. Hoje, é bem provável que eu já faça parte de uma maioria.
Os 
companheiros já tinham perdido a guerra na rede no dia 20, quando a 
presidente concedeu aquela entrevista desastrada e desastrosa e acusou 
FHC pelos descalabros da Petrobras. Sua fala foi ridicularizada em 
centenas de memes. Os que saíam em defesa de Dilma eram bem poucos.
Neste 
domingo, depois do panelaço, a militância virtual foi à luta para tentar
 ridicularizar os que protestavam, para negar o que milhões viam e 
ouviam, para tentar pespegar-lhes a pecha de radicais de salão. Os mais 
afoitos, claro!, como de hábito, propunham briga de rua, mais ou menos 
nos moldes daqueles trogloditas que atacaram a população em frente à 
sede da Associação Brasileira de Imprensa, no dia 24 de fevereiro. Nesse
 dia, Lula conclamou João Pedro Stedile a botar seu “exército” na rua.
Pois é… O 
petismo comete mais um erro, dá mais um tiro no pé, faz mais uma 
bobagem. Não adianta fazer as vezes dos três macaquinhos: o que não vê, o
 que não fala e o que não ouve.
No mais, dizer o quê? Exceção feita aos milhões de descontentes, o resto, de fato, é silêncio. VIA BLOG REINALDO AZEVEDO
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