A defesa de Clewilson Vieira Matias, o Chiê, acusado de matar cinco pessoas em São Miguel do Tapuio, a 227 km de Teresina, entrou com um recurso na Justiça com o objetivo de derrubar a perícia que atestou a sanidade mental do suspeito. A solicitação afirma que o laudo é contraditório e que por isso deveria ser descartado.

Em agosto do ano passado, uma junta médica pericial afirmou que Chiê tinha consciência do que estava fazendo e não teve um surto psicótico na época da chacina. O documento, assinado por dois psiquiatras forenses, atesta que o acusado fazia uso nocivo de crack, mas que isso não comprometeu seu discernimento.
O Ministério Público do Piauí já se manifestou sobre o pedido afirmando que os argumentos são inconsistentes. “A prova perical, portanto, aponta para a imputabilidade do recorrente, estando ele, no instante em que decidiu praticar as condutas homicidas, em pleno gozo de suas faculdades mentais. A clareza das conclusões periciais, por outro lado, apontam a inconsistência e fragilidade das razões recursais”, disse o promotor de Justiça Ricardo Trigueiro, em resposta à solicitação da defesa.
Quem vai decidir se o laudo pericial continua tendo efeito legal ou não é o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI). Para o promotor, é pouco provável que o TJ derrube o resultado da perícia. “Os profissionais que fizeram o laudo são as autoridades para decidir se o réu é são ou não. Dificilmente o tribunal não acolha essas conclusões. Esse pedido é na verdade uma manobra para ganhar tempo e protelar o julgamento”, disse para o G1 Ricardo Trigueiro.
Entenda o caso
Clewilson Vieira Matias é acusado de, no dia 31 de outubro do 2014, ter matado sua própria esposa, e mais quatro pessoas no povoado de Palmeira de Cima, em São Miguel do Tapuio. Após os homicídios, que foram realizadas em 30 minutos, ele fugiu de moto e a polícia montou um cerco para tentar capturá-lo.
Clewilson Vieira Matias é acusado de, no dia 31 de outubro do 2014, ter matado sua própria esposa, e mais quatro pessoas no povoado de Palmeira de Cima, em São Miguel do Tapuio. Após os homicídios, que foram realizadas em 30 minutos, ele fugiu de moto e a polícia montou um cerco para tentar capturá-lo.
O acusado foi preso uma semana após a chacina. Ele foi localizado em uma casa na própria cidade, e no momento da prisão chegou a resistir, rendendo duas pessoas que residiam no local em que estava escondido.
A onda de assassinatos teria sido motivada pelo fato dos moradores do povoado terem organizado um abaixo assinado pedindo a expulsão de Clewilson da comunidade, já que seus vizinhos desconfiavam que ele estivesse aliciando menores para o tráfico de entorpecentes. Revoltado com a ação, e após uma briga com a esposa, ele teria iniciado as execuções.
SITE: G1
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