A zeladora comeu o chocolate enquanto fazia a limpeza da sala do delegado. Ela disse ao G1, que no momento em que pegou o bombom 'não pensou que ele faria questão' do doce.
"Estava limpando a sala dele e tinha uma caixinha cheia de bombons sobre a mesa. Peguei um e pensei comigo mesma: depois falo para ele, porque não vai 'fazer questão' de um bombom. Comi o chocolate na sala. Terminei a limpeza e saí. Não sei porque comi. Não tenho o costume de pegar 'coisas' dos outros, nunca mexi em nada. Não é porque uma pessoa é de uma família pobre que ela vai sair pegando as coisas dos outros", relata.
Em seguida, ela soube que foi flagrada por uma câmera que foi instalada na sala dele e admitiu, em depoimento, ter comido o bombom.
"Me ofereci para pagar o chocolate, mas o delegado disse que não era essa a questão. Ele disse que assim como eu tinha pegado o bombom, poderia ter sido um documento. Jamais pegaria", sustenta a zeladora que ainda não tem advogado.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Roraima (OAB-RR), Jorge Fraxe, repudiou a atitude do delegado e defendeu que ele agiu de forma 'desproporcional'.
"Se ele [delegado] tivesse se sentido lesado, a apuração teria de ser feita no âmbito da Polícia Civil, porque a zeladora não é servidora da Polícia Federal e não tem foro especial. Agora, ele usar a estrutura da PF, que serve para investigar desvios de condutas da própria instituição, contra essa moça é um absurdo, é desproporcional e desnecessário", avalia.
Por telefone, a assessoria de comunicação informou que o caso será enviado para a Divisão da PF em Brasília. "Se eles decidirem que ficará sob a nossa responsabilidade aqui em Roraima, será divulgada nota", ressalta.
Por telefone, a assessoria de comunicação informou que o caso será enviado para a Divisão da PF em Brasília. "Se eles decidirem que ficará sob a nossa responsabilidade aqui em Roraima, será divulgada nota", ressalta.
SITE: G1
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