missão Especial do Impeachment aprovou nesta quinta-feira (4) o relatório favorável ao julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff. O próximo passo é a votação do relatório no plenário do Senado.
Foi o último embate na comissão especial. Os aliados da presidente afastada já sabiam que não teriam votos para derrubar o relatório do senador Antônio Anastasia, do PSDB, mas não pouparam críticas ao processo e ao relatório.
Dilma é acusada de editar decretos para liberar dinheiro sem autorização do Congresso, e de ser responsável pelas chamadas pedaladas fiscais, como ficaram conhecidos os atrasos dos pagamentos do governo ao Banco do Brasil.
Os senadores pró-Dilma reafirmaram que ela é vítima de um golpe.
“Pedalada fiscal, decreto, suplementação orçamentária, vamos combinar, senador Anastasia, o senhor sabe, com todo o respeito, que isso são meros artifícios que foram utilizados para afastar o mandato de uma presidenta legitimamente eleita”, disse Fátima Bezerra (PT-RN).
“Impeachment não. Eu sou contra porque o sistema político está podre. A presidente da República é honesta, é uma mulher digna, que não tem uma acusação contra ela contra roubo e corrupção”, declarou Kátia Abreu (PMDB-TO).
Os senadores favoráveis ao impeachment repetiram que Dilma cometeu crime de responsabilidade.
“Atentou também contra a probidade administrativa, se valendo do dolo, da farsa, da fraude para governar. Mentiu de forma descarada ao povo brasileiro”, afirmou Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
“A irresponsabilidade fiscal, que levou ao descontrole fiscal e ao desequilíbrio das contas públicas, comprometeu as políticas públicas deste governo. Endividou o país. Fez com que o governo não pagasse seus compromissos”, disse Simone Tebet (PMDB-MT).
Depois de 22 discursos, que duraram quase três horas, o painel eletrônico revelou o resultado: 14 votos a 5.
Votaram a favor do relatório:
Do PMDB
Dário Berger
Simone Tebet
Waldemir Moka
Dário Berger
Simone Tebet
Waldemir Moka
Do PSDB
O relator, Antonio Anastasia
Cássio Cunha Lima
Ricardo Ferraço
O relator, Antonio Anastasia
Cássio Cunha Lima
Ricardo Ferraço
Do PSB
Fernando Bezerra
Lúcia Vânia
Fernando Bezerra
Lúcia Vânia
Do PP
Ana Amélia
Gladson Cameli
Ana Amélia
Gladson Cameli
Do PR
Magno Malta
Magno Malta
Do PSD
José Medeiros
José Medeiros
Do DEM
Ronaldo Caiado
Ronaldo Caiado
Do PTB
Zeze Perrela
Zeze Perrela
Votaram contra:
Do PT
Gleisi Hoffmann
Lindbergh Farias
Gleisi Hoffmann
Lindbergh Farias
Do PC do B
Vanessa Grazziotin
Vanessa Grazziotin
Do PDT
Telmário Mota
Telmário Mota
Do PMDB
Kátia Abreu
Kátia Abreu
Não votaram o senador Wellington Fagundes, do PR, ausente por um problema pessoal e o presidente da comissão, Raimundo Lira, do PMDB, que só votaria em caso de empate.
Depois da votação na comissão do impeachment, o presidente do Supremo Tribunal Federal,Ricardo Lewandowski, se reuniu com senadores para acertas os detalhes da próxima votação, na terça-feira que vem, dia nove, no plenário do Senado.
É a chamada votação da pronúncia, quando os senadores vão decidir se a presidente afastada deve ir a julgamento. Nesta etapa, é preciso apenas a maioria simples dos votos - metade mais um dos senadores presentes.
A sessão vai ser presidida por Lewandowski e pode durar 20 horas. Se for aprovado o prosseguimento do processo, haverá uma última votação no plenário - o julgamento final, quando serão necessários pelo menos 54 votos dos 81 senadores para aprovar o impeachment.
E na tarde desta quinta-feira (4), já foi cumprida a primeira formalidade da nova etapa do processo. O plenário do Senado foi oficialmente comunicado do resultado da votação.
A presidente afastada não quis comentar o resultado da votação.
SITE: JORNAL NACIONAL
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